Em Brasília
- Fernanda Rufino
- há 2 dias
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Não ia falar sobre minha ida à posse do Lula por diversos motivos já tratados em terapia, mas diante da barbárie que aconteceu dia 08/01, decidi falar sobre isso.
Por que eu fui? Porque no auge da pandemia de Covid-19, eu perdi meu pai. Eu ouvi meu pai nos seus últimos dias de vida com falta de ar. Eu lembro claramente da voz dele com falta de ar. É uma dor dilacerante, uma ferida ainda aberta. Pouco tempo depois, vimos o ex-presidente canalha fazendo chacota de pessoas com falta de ar. Para mim, então, virou uma questão importante ver o genocida sair de poder.
Cheguei em Brasília uns dias antes da posse e, com isso, pude sentir a atmosfera local. Passeei com amigos e familiares, conheci pessoas INCRÍVEIS, gente do Brasil inteiro. Pessoas com histórias, experiências, vivências que acho que nem se eu chegar a 100 anos eu terei metade do conhecimento dessas pessoas.
Na capital do país, eu chorei por muitas vezes, saí bastante, conheci lugares diferentes e passei a virada do ano com pessoas que eu tinha conhecido há poucas horas. E valeu DEMAIS.
Eu estava lá, uma semana antes dos ocorridos, na presença da minha sobrinha de um ano, vivendo a história, prestigiando a democracia. E pouquíssimo tempo depois, vemos o estado democrático de direito ser ameaçado. É absurdo. Então, só queria aqui registrar mais um reforço que muita gente verdadeiramente de BEM tem a dizer e defender: FACISTAS NÃO PASSARÃO.

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