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16 de maio

  • Foto do escritor: Fernanda Rufino
    Fernanda Rufino
  • 16 de mai.
  • 1 min de leitura

Hoje, dia 16 de maio, é o dia do aniversário do meu pai, que faleceu há quase 5 anos. O celular já tinha me mandado uma notificação tem uns 2, 3 dias alertando sobre a data. Nem precisava. Assim que vira o mês, eu lembro bem que está por vir. Eu tenho evitado falar sobre ele porque é desgastante também viver sempre em luto, receber pêsames das pessoas. Depois de um certo tempo, não tem muito mais o que falar, mas sentir, ainda se sente muito.


Tava tentando fazer as contas de quantos anos ele faria. 68 anos. Fico sempre pensando em tanta coisa que ele não viu que aconteceu, principalmente das coisas da minha sobrinha. Me emociono quando ela fala o nome dele: "vovô Antonio".


Tem momentos da minha vida que penso "nossa, queria tanto que meu tivesse visto isso" e outros que penso "pelo menos meu pai não tá aqui para ver isso".


É cruel, e às vezes não faz sentido, que uma pessoa tão importante, presente e essencial na sua vida saia assim de repente, de um dia pro outro. Desaparece. Até hoje, ouço barulho de chave abrindo a porta de casa e me vem na cabeça ele chegando do trabalho de noite.


Meu pai fazia meu imposto de renda desde que comecei a declarar. Nesse ano, ainda não fiz. A dor da perda sempre está nos pequenos detalhes.

Foto: Nick Fewings/Unsplash
Foto: Nick Fewings/Unsplash



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