Boleira
- Fernanda Rufino
- 24 de jun.
- 2 min de leitura
Meu contato com o futebol é de desde pequena. Meu pai era um flamenguista não-fanático, mas que fez questão de que suas filhas tivessem o mesmo time que o seu.
De fato, o meu interesse real começou aos 9 anos com a Copa do Mundo de 98, a primeira que me recordo de ponta a ponta, inclusive de placares de jogos e onde eu assisti a cada um.
Lembro da tristeza que foi assistir aquela final contra França: eu sozinha num quarto na casa da minha tia com a TV ligada, enquanto o restante da família estava na sala. Eu estava muito triste para ficar assistindo com outras pessoas.
Depois disso, comecei a acompanhar e o futebol entrou na minha rotina. Quartas e domingos viraram dias importantes na minha vida e tenho ótimas memórias dessa infância vendo os jogos.
Não tenho certeza, mas acho que o primeiro jogo que assisti em um estádio foi um Flamengo x Riverplate pela Copa Mercosul, cujo placar foi 1 × 1. Estava com meu pai, minha irmã e minha mãe.
Na passagem da minha adolescência para fase adulta, a coisa foi escalonando porque meu pai virou administrador de um camarote no Maracanã e aí o contato só aumentou.
Nessa época, o futebol continuou me proporcionar ótimos momentos! Assisti ao vivo à final do Campeonato Brasileiro de 2009 e ainda pude ver um jogo com um dos meus maiores ídolos, no final da carreira, jogando pelo Corinthians. Toda torcida xingando-o de gordo e eu me segurando a emoção de estar vivendo aquele momento vendo ele jogar, mesmo torcendo do outro lado.
Nos últimos anos, o meu interesse diminuiu bastante, mas não a ponto de falar que não gosto. Eu assisto a todos os documentários possíveis sobre futebol; se vou viajar, já procuro um estádio ou um museu sobre o tema para visitar; e ainda busco me informar em qual posição o meu time tá no campeonato e quais os jogares que mais se destacam.
Mas uma coisa nisso tudo me incomoda superficialmente: andar com a camisa. Sempre quando eu ando (hoje em dia uso mais para malhar), sinto os olhares e tenho receio de, a qualquer momento, um cara me parar para perguntar a escalação ou o placar do último jogo rs
Por conta de toda confusão envolvendo dirigentes, torcedores e etc, eu já pensei em como seria se tivesse outro time. Só que todas as vezes que pensei nisso, vi que não fazia muito sentido. Como que eu ia mudar e deixar de torcer pelo meu time da infância, time que meu pai me deu? Não tem como.
Hoje torço de forma tímida, mas torço. E, depois que voltei a morar com minha mãe, descobri que ela assiste a todos os jogos do Flamengo de quarta-feira, torcendo agora sozinha. Um verdadeiro orgulho para nação!




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