(In)certeza absoluta
- Fernanda Rufino
- 18 de jun.
- 1 min de leitura
Sabe aqueles momentos difíceis que todos nós passamos na vida? Uma doença grave, uma separação de casal, uma perda de emprego, uma pessoa querida que está muito enferma…
São nessas horas que estamos mais vulneráveis e costumamos mais ouvir o clássico pensamento positivo: “vai dar tudo certo”.
Como tenho passado por muitos momentos difíceis nos últimos anos, incluindo um tratamento de câncer, ouvi bastante esses votos e ainda descobri nesse meio tempo uma versão ainda mais otimista, o “já deu tudo certo”.
Eu sempre fui muito sincera em todos os campos na minha vida e dificilmente falo algo sério para alguém caso eu realmente não tenha confiança de ser verdade.
Porém, de uns tempos pra cá, tenho percebido que ouvir coisas boas pode ajudar a levantar a energia e servir como combustível para seguir em frente. Pelo menos, para mim.
Então, resolvi adotar esses votos e dizê-los com toda a (in)certeza do meu coração de que eles poderiam realmente se tornar reais.
Outro dia, estava na manicure e uma delas disse que a sobrinha neta de 11 meses ia passar por uma cirurgia no pulmão. O que se pode dizer nessas horas? O clássico, é claro.
Eu realmente acredito que vai dar tudo certo? Não sei. Eu quero acreditar? Sim. Eu tenho convicção? Não. Eu vou dizer com convicção? Sim.
Afinal, por que não dizê-los? Porque mal não vai fazer, pelo contrário. Às vezes, é a única coisa que, de fato, precisa ser dita.




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